Thursday, August 30, 2007

Do outro lado da barricada

Calhou-me estar, desta vez, do outro lado do hospital, ou seja, na sala de espera.
Não era nada grave, mas por precaução (porque de sustos já estamos todos vacinados lá em casa), decidimos ir passar o serão ao nosso amigo Pedro Hispano.
Chegamos e é atribuída uma pulseirinha verde, que significa basicamente, muitas horas de espera. Já que o doente foi lá para dentro, fico eu e a minha suspirosa maezinha cá fora, à espera... à espera.
Temos assim tempo para apreciar os familiares dos enfermos, mais ou menos graves, a roer as unhas. Pois temos os que gemem, temos os que vêm televisão e os que fazem palavras cruzadas, temos ainda os que gritam ao telemóvel “TOU? TOU NO HOSPITALI... É A MARIA... TAVA COM MUITA DIARREIA”, e ainda uma senhora que falava sozinha “não sei porque vim, já estou aqui há horas e doem-me as costas. Ainda por cima aqui não há cadeiras confortáveis! Não sei porque vim!”
Bem... passaram 3 horas e depois lá sai o (afinal não tão) doente a sorrir com um ar de quem diz “suas chatas! Eu sabia que isto não era nada!!”

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