Sunday, February 24, 2008

De engraçado não tem nada...

Pronto, os 27 anos já cá contam no bilhete de identidade. Estou a um pulinho dos 30. Há uns (poucos) anos atrás pensei que a esta altura estaria casada e prestes a começar a pensar em ter um filho. Tinha a vida toda encaminhada nesse sentido. Com uma pessoa, casa comprada, tudo certinho para que esse sector da vida estivesse não digo concluido,mas pelo menos já decidido. De um momento para o outro, tudo muda. Volto para casa dos pais e tenho de reaprender a viver, de uma maneira completamente diferente à que estava habituada. Fui eu que decidi fazer as malas e sair, por isso não posso em nenhum momento queixar-me do rumo que as coisas tomaram, mas cortar as amarras do que foram mais de cinco anos da minha vida, é algo que só há pouco, e quase dois anos depois, consegui começar a fazer.

Se há coisa que aprendi é que não vale a pena fazer planos. Sei que não fiz a próxima grande descoberta que vai mudar o mundo da medicina, e também sei que muitos já o aprenderam, mas levar essa estalada da vida faz-nos abrir os olhos num ápice. Mas a maior lição de todas tem sido aprender a ser feliz sozinha. Ficariam surpresos com a quantidade de pessoas que conheço que se agarram a uma situação que não é evidentemente a chave da sua felicidade, mas ali continuam, presos a um medo de ficarem sós. Uns mantém um namoro que já deveria ter terminado há anos, outros vão atrás do primeiro que aparece só para ir buscar um pouco do que julgam ser amor, companheirismo, nem sei bem o que realmente esperam encontrar. Eu? Eu quero ser feliz. Seja agora, seja daqui a uns meses, mas quero ter a certeza de que quando chegar a minha vez, então que seja verdadeiro. Por enquanto, aprendo a fazer uma coisa que sempre me foi dificil, gostar de mim a sério.

2 comments:

Lil said...

estas crescida :) ha poucas pessoas que conseguem pensar como tu

Anonymous said...

"prestes a começar a pensar em ter um filho." --> era nesta altura que eu te pregava um par de estalos, para acordares para a vida, não?