Pró que me havia de dar

Passados 5 meses do casamento do meu irmão, o chamado tempo de teste, estava na hora de mudar para o seu antigo quarto. Maior, mais quentinho, uma autêntica mansão se compararmos com o pequeno anexo onde até agora vivi, uma piquena assoalhada a que mal chegava o sol, que me fazia nunca deixar de dormir de meias, mesmo que estivessemos no pico do Verão! Então no Inverno o deitar era um verdadeiro ritual - ligar o termoventilador cerca de 10 minutos antes de me decidir a despir para entrar no pijamita (que teria obrigatoriamente de estar cerca de cinco minutos em frente ao quentinho). Encher uma botijinha de água bem quente, calçar uns carapins e ala rapidamente para a cama. Por tudo isto, era tempo de tomar uma atitude. Vai daí, gaja que é gaja decidida, vai de comprar o rolo, o pincel, a tinta, o balde e toca a pintar as paredes. A obra está a ficar, digamos que uma mistura de uma Guernica de Picasso e uma paisagem de Monet, mas estou orgulhosa do meu suor, e das pingas brancas que trago comigo na testa de ter estado a pintar o tecto ontem.

Quando acabar, ponho aqui uma foto!